A mucosite no tratamento contra o câncer: entenda o que é e como prevenir este efeito colateral do tratamento oncológico
Olá amigos da Câncer Direitos
No artigo de hoje vamos debater um pouco mais sobre a mucosite, em severo efeito colateral do tratamento realizado com quimioterapia e radioterapia.
Se você não está familiarizado com o termo, não se preocupe, pois nós vamos explicar o que é a mucosite, porque surge a mucosite nos pacientes com câncer, como evitar a mucosite, além de trazer dicas preciosas de como tratar a mucosite.
Então vem comigo e boa experiência.
- O que é a mucosite?
A mucosite é uma espécie de inflamação que pode aparecer durante o tratamento oncológico. Em outras palavras, a mucosite seria a inflamação que causa um muco mais espesso na região bucal.
Ela é o resultado de uma série de reações inflamatórias nas células da mucosa oral causadas pela ação da radiação ionizante e dos quimioterápicos.
A duração dos sintomas está diretamente relacionada com a modalidade de tratamento adotada.
Alguns sintomas que denunciam o aparecimento de mucosite são: vermelhidão, ulcerações, dor intensa que afete a capacidade de se alimentar, xerostomia, hipossalivação, disgeusia e disfagia, dificuldade de fala.
Os sintomas podem variar de um ligeiro desconforto até uma dor intensa, xerostomia, hipossalivação, disgeusia e disfagia, resultando em anorexia e dificuldade da fala.
2. Por que a mucosite aparece durante o tratamento oncológico?
A primeira pergunta a se responder é porque o surgimento da mucosite é tão comum nos pacientes que fazem tratamento de câncer. A resposta é diferente para fase do tratamento oncológico.
Veja:
Na quimioterapia, a medicação age nas células que tenham características semelhantes às células de câncer, isto é, as células que se reproduzem rapidamente e as células do trato gastrointestinal tem essa característica, sendo afetadas.
Já na radioterapia, a própria radiação ionizante alcança as células do local atingido pela radiação, tendo efeito tanto sobre as células malignas quanto do próprio tecido bucal.
3. Paciente ativo na prevenção da mucosite
O paciente que estiver em tratamento oncológico pode ajudar na prevenção ou redução dos quadros da mucosite.
Alguns fatores podem aumentar o risco da doença e, se evitados, colaboram para a qualidade de vida do paciente em tratamento.
Vale lembrar que o principal fator de risco para a mucosite é o próprio tratamento oncológico, devido à característica das células do trato gastrointestinal terem características de crescimento semelhantes aos das células tumorais.
Logo, evitar os fatores abaixo é um evidente fator de ajuda, mas não determinante a evitar totalmente a mucosite.
- Evite alimentos duros e crocantes e prefira aqueles que não necessitem de mastigação excessiva e que sejam fáceis de deglutir;
- Evite alimentos ácidos, picantes e muito condimentados, pois podem piorar a dor e o desenvolvimento das aftas;
- Evite também refeições quentes, devem sempre estar numa temperatura agradável para digestão;
- Evite a ingestão de bebidas alcoólicas e de cigarro;
- Realize a higiene oral após cada refeição utilizando escova de dentes com cerdas macias;
- Após a escovação, faça bochechos com enxaguatório bucal sem álcool;
- Evite bebidas alcoólicas e gasosas;
- Evite extremos de temperatura: nem muito quente nem muito frio;
- Em caso de uso de prótese dentária, retire e limpe-a com regularidade;
- Depois de se alimentar, fique pelo menos meia hora sentado ou de pé, sem se deitar;
- Beba bastante líquidos e mantenha-se sempre hidratado;
4. Riscos desenvolvidos pela mucosite
É preciso estar sempre atento ao surgimento da mucosite durante o tratamento oncológico, pois deve se evitar que a doença evolua e cause outros efeitos colaterais para o paciente.
Se identificado alguns dos sintomas da mucosite, imediatamente procure um médico especialista para o tratamento da doença.
Caso contrário, ela poderá se desenvolver e gerar alguns dos seguintes quadros clínicos:
- Fortes dores na região da boca;
- Restrições na alimentação ou em qualquer tipo de ingestão oral;
- Maior facilidade para a entrada de organismos como bactérias e fungos;
- Aumento do uso de medicamentos como antibióticos;
- Aumento do tempo de hospitalização;
- Interrupção do tratamento oncológico.
A mucosite pode atrapalhar ou até mesmo parar o tratamento do câncer e, por isso, precisa ser tratada imediatamente.
5. A mucosite pode ser evitada?
A mucosite se desenvolve conforme as sessões do tratamento oncológico são realizadas.
Como dito, no tratamento quimioterápico, a mucosa oral vai ressecando e com o decorrer do tratamento podem surgir as feridas. Já na radioterapia, que gera um impacto mais rigoroso na pele, os problemas como as feridas acontecem de forma mais rápida.
Mas, a mucosite pode ser evitada com o uso de produtos hidratantes específicos para a mucosa oral de pacientes com câncer antes mesmo do tratamento ser iniciado.
6. Como tratar a mucosite?
Existem alguns métodos para prevenir ou diminuir o grau de intensidade:
1º – Laserterapia de baixa intensidade
É preciso que a mucosite já esteja se desenvolvendo para que essas células possam reagir ao laser e ter o efeito esperado. Sendo assim, o laser deve ser aplicado após o início do tratamento, independente se for quimioterapia ou radioterapia.
2º – Crioterapia
Para realizar essa opção, é preciso que aplicação da quimioterapia dure pouco tempo.
O gelo é utilizado para deixar os vasos sanguíneos mais finos, fazendo com que a área pela qual o medicamento pode circular seja menor.
Dessa forma diminui a quantidade da droga na boca e evita que a mucosite se desenvolva.
É recomendado que o paciente se consulte com um cirurgião dentista antes de iniciar o tratamento oncológico para remover possíveis focos de infecção, dentes cariados, raspagem de tártaro e controle da placa bacteriana.
3º – Enxaguantes bucais específicos para tratamento oncológico
Já existem no mercado oncológico muitas marcas de produtos criados especificamente para pacientes em fase de tratamento contra o câncer.
São produtos desenvolvidos para prevenir, conter ou minimizar os efeitos colaterais do tratamento oncológico, considerando-se precisamente as condições do paciente. Vale a pena conversar com sua equipe médica e pedir orientações de quais são os mais indicados para o seu caso.
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